Fernanda Reis - 20461296
Tendas
Estádio Olímpico de Munique
Frei Otto e Gunther Behnisch montaram para os Jogos Olímpicos de Munique de 1972 uma estrutura tensionada suspensa sobre o terreno, que se ramifica pelo ginásio e estádio principal.
A tenda contínua une todos os locais do ginásio com níveis diferentes criando vários volumes pelo terreno.
As coberturas são estabilizadas lateralmente através de uma rede de cabos menores que se conectam a um cabo de aço maior, estendendo-se sobre a extensão em bases de concreto em cada extremidade.
Para além dos edifícios que a membrana cobre, há uma série de volumes cobertos por superfícies suspensas usados como espaços flexíveis para estandes e outros eventos.
O estádio principal foi construído numa cratera resultante de bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial. A membrana que o protege se comprime à medida que desaparece ao seu redor. A mudança radical nas escalas da cobertura intensifica a percepção da paisagem artificial flutuante que se forma acima do solo e seus grandes vãos.
Além da conexão com a paisagem, os painéis acrílicos que revestem a membrana tensionada estabelecem uma relação com seu contexto e com a exposição de luz que ela propicia.
Todo o sistema foi construído fora do local. A alta precisão permitiu que fosse feita uma montagem simples para este que é dos sistemas estruturais mais inovadores e complexos do mundo, que trabalha exclusivamente sob a premissa da tensão.
Fonte: (http://www.archdaily.com.br/br/)
Paraboloides
Pavilhão de pesquisa ICD/ITKE da Universidade de Stuttgart - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Localização: Stuttgart, Alemanha
Área: 29.0 m²
Ano: 2012
Área: 29.0 m²
Ano: 2012
Fabricado em fibra de carbono e vidro a partir de análise da biologia dos artrópodes, a construção desse projeto interdisciplinar foi executado totalmente por robôs
A anisotropia foi integrada desde o início do desenho por computadores e processos de simulação, criando assim novas possibilidades tectônicas para a arquitetura. A integração dos métodos de geração das formas, simulações de computadores e fabricação robótica, especificamente permitiram o desenvolvimento de uma estrutura de alto desempenho: o pavilhão requer apenas a espessura de uma concha de quatro milímetros de composto laminado, medindo 8 metros
As fibras de quitina são incorporadas na matriz através da formação de camadas individuais. Nas áreas onde há transferência de cargas não-direcionais é necessário camadas individuais laminadas em uma espiral (helicoidal). A estrutura isotrópica de fibra permite uma distribuição uniforme de cargas em todas as direções. Por outro lado, as zonas que são objetos de distribuição de tensões exibem uma estrutura de camada não-direcional, mostrando um conjunto de fibras anisotrópicas, que é otimizado para a transferência de carga dirigida. Devido a esta diferenciação do material, a concha cria uma estrutura altamente adaptada e eficiente. Os princípios morfológicos abstratos com as orientações das fibras adaptadas constituem a base que gera o design computacional, a forma, o material e o processo de fabricação do pavilhão.
As técnicas existentes de colocação das fibras, por exemplo, na indústria aeroespacial ou produção avançada de tecidos, são realizadas com a colocação das fibras sobre um molde fabricado separadamente. Uma vez que a construção de uma fôrma positiva não é sustentável para a indústria da construção, o projeto destinado procura reduzir ao máximo a fôrma. Como consequência, as fibras foram colocadas sobre uma estrutura de aço leve e temporária, linear e com pontos de fixação definidos onde as fibras foram tensionadas. A partir dos segmentos retos das fibras pré-tensionadas, resultam superfícies que formam um dupla curva característica do pavilhão. Desta forma, as superfícies das paraboloides hiperbólicas, resultantes da primeira sequência de enrolamento das fibras de vidro, servem como um molde integral para a fibra de carbono e as camadas de fibra de vidro, com seus efeitos estruturais específicos e propriedades de suporte de carga. Em outras palavras, o pavilhão estabelece a fôrma como parte da sequência de fabricação robótica. Durante o processo de fabricação, também foi possível colocar as fibras otimizando o alinhamento com os fluxos de força da pele do pavilhão. Os sensores de fibra ótica, que monitoram continuamente a tensão e suas variações, também foram integrados à estrutura. A atual consideração do projeto da concha geométrica deve-se ao fato que o arranjo das fibras e o processo de fabricação leva a uma nova síntese da forma, material, estrutura e desempenho.
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