ARCOS Pesquisa de Campo - Associatividade
Casa Rosada - Argentina
Ponte Du Gard - França
Como funcionam?
Os arcos são
geralmente muito mais rígidos do que os de um arco recurvo
ou de um arco longo.
Essa rigidez dos membros aumenta a eficiência do arco composto na produção de
energia em relação aos outros tipos de arcos. Por isso, o arco composto tem sua
corda ligada a polias de um membro ou de ambos, que tem um ou mais cabos
anexados ao membro oposto. Quando a corda é levada para traz, as polias puxam
os cabos, que por sua vez fazem com que os membros se curvem e, assim, acumulem
a energia necessária no tiro.
A utilização
desse sistema dá ao arco composto uma característica especial: os membros se curvam
e armazenam energia até um ponto máximo, um pico. É aí que eles se fixam. Em
vez de o arqueiro ter que manter a corda sob sua força, o arco armazena essa
força até a chegada hora de passar toda esse potencial em energia para a
flecha, transformando a energia potencial em energia cinética (a energia do movimento).
O arco
composto é pouco afetado por mudanças de temperatura e umidade, e oferece ao
seu usuário, teoricamente, uma melhor precisão, velocidade e alcance, em
comparação com outros arcos.
Por que e como surgiram?
O termo arco,
do latim, designa um elemento construtivo em curva
que é arredondado, normalmente em alvenaria, que emoldura a parte superior de um vão ou reentrância suportando o peso vertical
do muro em que se encontra.
O uso do arco
surge com as civilizações da Antiguidade embora o
Antigo Egipto, a Babilônia, a Grécia Antiga e a Assíria o tenham restrito a construções no
sub-solo, nomeadamente em estruturas de drenagem e abóbadas. Por outro lado a
sua arquitectura exterior é sobretudo caracterizada por uma tipologia onde se
conjuga o uso da coluna com a viga horizontal. Assim, pela necessidade de minorar o
impulso vertical sobre os lintéis de pedra, propaga-se o uso de colunas
sucessivas de colocação próxima e que têm como função suportar a tal carga.
São mais tarde
os romanos os responsáveis pela utilização do arco em grande escala, erigindo, pelo
alcance de maiores vãos, edifícios de dimensões monumentais. É nesta altura que
se propaga o arco de volta perfeita, semi-circular e assente em pilares, e que será também
uma das características do estilo românico e do Renascimento.
Por altura do estilo gótico difunde-se um novo género de arco
que se crê já ter sido anteriormente utilizado pelos assírios, o arco quebrado. Este arco é composto por dois segmentos
de circunferência com centros distintos dando lugar a uma forma cristalina que
faculta ao arco uma maior força e possibilita vãos mais altos. Este arco
provoca, no entanto, um maior impulso olíquo que será inicialmente recebido por
espessos contrafortes e mais tarde por arcobotantes.
Também na arquitetura islâmica é comum o uso do arco especialmente por
motivações decorativas onde sobressaem o arco de ferradura e diversos arcos
decorativos com a inserção de lóbulos rendilhados. Mais a Oriente, a China usava já desde dinastias antigas o arco aplicado
à construção de pontes. Ao longo do tempo vão sendo adaptadas e fundidas
diversas tipologias formais do arco nos diversos movimentos eclético da arquitectura.
O que pode levar um arco a ruina ?
O comportamento
estrutural dos arcos depende dos carregamentos, da sua forma, das condições de
apoio e de seu grau de estaticidade (isostático ou hiperestático).
Os esforços dos
arcos hiperestáticos são bastante
sensíveis a recalques de apoio e à variação de temperatura, podendo sofrer
alterações significativas. Entretanto os arcos engastados são aconselháveis
quando não são previstos recalques de apoios. Quando há recalques de apoio os
arcos triarticulados ou atirantados são os recomendáveis.A presença de
recalques de apoio podem provocar grandes alterações na distribuição dos
esforços interno ao longo da estrutura do arco. Quando são previstos pequenos
recalques é aconselhável o emprego de arcos biarticulados ou atirantados. O
arco atirantado é bastante empregado devido ao fato de possuir as vantagens das
estruturas isostáticas e hiperestáticas simultaneamente, pois comporta-se como
uma estrutura hiperestática internamente, e apresenta um comportamento similar
ao de estruturas isostáticas em relação aos recalques de apoio. A escolha entre
arco atirantado e triarticulado, normalmente é atribuída a opção de ocorrer ou
não a presença de vão livre.
O que faz uma estrutura em arco não funcionar é que o bloco situado no centro do arco,
a chave, é o último elemento a ser colocado e o que permite que a estrutura se
trave e a forma se mantenha. Até a colocação desse elemento é usada uma armação
provisória que serve de molde e que apoiam a estrutura até à consolidação final
com a chave. Caso os cálculos tenham sido mal efetuados a estrutura pode
desmoronar após a remoção do molde.
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