Tensoestruturas
Alunos: Caroline Tagami de
Almeida RA 20295531
Maria Vanessa de Oliveira RA 20175989
Paraboloide
Hiperbólico
TERMINAL RODOVIÁRIO DE
BRASÍLIA, DISTRITO FEDERAL, BRASIL
O novo terminal
rodoviário da capital brasileira foi inaugurado em 25 de julho de 2010, com
arquitetura sustentável e moderna. Sustentável, pois foi projetado para
favorecer a iluminação natural e possibilitar o reaproveitamento de águas
pluviais. E moderno, por possuir linhas suaves e marcantes, vistas em sua cobertura
principal que é composta de estrutura metálica, com formato paraboloide
hiperbólico.
Construído num
terreno com mais de 90 mil m2, localizado no SMAS (Setor de Múltiplas
Atividades Sul) e às margens da Estrada Parque de Indústria e Abastecimento -
BR 040, importante corredor de transporte urbano e interurbano, o novo terminal
tem total interação com a estação de metrô, por meio de passarela de pedestres
coberta, toda em estrutura metálica. Ao norte está o estacionamento, com 134
vagas, e uma baia para 20 táxis. Uma marquise metálica protege a área de
embarque e desembarque de passageiros que chegam ou deixam o terminal de táxi
ou de carro.
O terminal de
encomendas, localizado a leste, tem acesso totalmente independente do terminal
rodoviário, através de uma via de serviço proposta nessa divisa do lote, que se
liga às vias urbanas a norte (via Interbairros) e a sul. Por essa via também é
efetuado o acesso (entrada e saída) dos ônibus interestaduais, controlado por
uma guarita.
A concepção do
projeto arquitetônico leva assinatura de Luis Antonio Reis (com coautoria dos
arquitetos Allan Arnaldo de Araújo, Maria Eduarda Vasconcelos de Almeida, Luiz
Otávio Rodrigues e colaboração das arquitetas Tayssa Frida Consigliero e
Vanessa Chini), da Reis Arquitetura.
E o projeto
estrutural foi feito pela Ferenge Estruturas Metálicas, com projeto assinado
pelo engenheiro Paulo Sérgio de Souza Ribeiro, com a colaboração dos
projetistas Marcelo Trivelato e Rafael Dourado.
A Quattor
Engenharia é responsável pelo projeto de cálculo das estruturas de concreto e
fundações.
Foi utilizado um
sistema de resfriamento evaporativo na área de espera dos usuários para
amenizar o clima seco do Distrito Federal.
Apesar de
aparentemente curva, a forma da cobertura é constituída por peças retas,
inclusive as telhas; na plataforma de embarque e desembarque foram projetadas
32 baias cobertas para ônibus. O projeto ainda é complementado por pequenas
edificações. Uma delas é o terminal de encomendas e a outra é destinada ao
setor de serviços e áreas comerciais.
Utiliza de
estruturas metálicas por toda sua área (com consumo total de aço de 980 t - 535
t só para a cobertura principal), e tem formato único.
Para tirar melhor
partido das propriedades do paraboloide hiperbólico, a hipótese de criar uma
estrutura formada por treliças retas - cujas barras eram tubos de aço sem
costura - foi a melhor opção.
Segundo o técnico
da Ferenge: "Apesar da confecção das treliças demandar maior trabalho, o
consumo de aço seria muito menor e as reações de apoio ficariam razoavelmente
baixas - além das cargas transmitidas para as fundações também serem
aceitáveis".
A escolha do aço
foi considerada, particularmente, pelo alto desempenho estrutural, além do
quesito sustentabilidade ambiental. O tubo em aço sem costura se encaixou
perfeitamente no projeto por inúmeras razões. Primeiro, porque é considerado um
material reciclável. Segundo, como a estrutura é formada principalmente por
treliças, predominam esforços de tração e compressão e a seção tubular é
apontada como a de melhor eficiência.
Para toda a obra,
optou-se por um sistema de pintura que permitisse boa ancoragem da tinta,
prolongasse o prazo entre as inspeções de manutenção e que, principalmente,
suportasse os ataques corrosivos. Na superfície, optou-se pelo jateamento com
granalha, revestimento em epóxi para a tinta de fundo e poliuretano para a
tinta de acabamento.
Na vedação da
cobertura principal, o fechamento foi feito com telha zipada tipo sanduíche.
Essa telha possui três camadas: a inferior, bem como a superior, de aço e a
camada intermediária, recebe lã de vidro.
O técnico da
Ferenge ainda conclui que: "No formato paraboloide hiperbólico existe uma
região central da superfície em que não há inclinação da cobertura. E a telha
zipada, por apresentar apenas uma emenda ao longo de todo o seu comprimento,
minimiza a possibilidade de vazamento, principalmente nessa região central.
Além disso, essa telha cumpre bem sua função de isolamento do som e do calor
externos".
Com uma estrutura
flexível e vãos relativamente grandes (50 m no vão central), além da presença
de longos tirantes de 26 m de comprimento e poucas colunas, a avaliação
estrutural considerou ainda as condições geográficas dos arredores da
edificação, áreas muito planas e sem muitos obstáculos para o vento.
Essas diferentes
particularidades foram suficientes para despertar uma preocupação com o
componente dinâmico chamado de "vento médio”, que causa uma força
constante na edificação. No entanto, prováveis rajadas (que são consideradas
mais fortes que o vento médio), acabam provocando uma força variável com o
decorrer dos anos. E a preocupação é exatamente com o componente dessa força,
que poderia provocar deslocamentos, velocidades e acelerações inaceitáveis na
edificação. Isso acontece quando há o fenômeno denominado ressonância, que é
quando a força de excitação do vento vibra junto com a estrutura. Sendo assim,
o projeto exigiu uma avaliação minuciosa do comportamento estrutural do
projeto.
A forma da
cobertura principal fugia das estudadas por especialistas em vento no Brasil.
Isso evidenciou que ações dinâmicas importantes também poderiam ser nocivas à
estrutura, comprometendo a segurança da obra. Então foi realizado um ensaio em
laboratório, onde um modelo reduzido da edificação era submetido às ações de
vento, simulando as pressões e as interações decorrentes deste. O estudo
possibilitou mostrar como a estrutura vibra, qual a frequência principal e as
secundárias de vibração da estrutura, além do formato da vibração. Os
resultados apontaram uma frequência natural da estrutura medindo 1,16Hz - o que
dispensou um estudo mais aprofundado da ação dinâmica do vento.
FICHA
TÉCNICA
Projeto
arquitetônico, paisagístico e acompanhamento da obra: Reis
Arquitetura;
Projeto estrutural: Ferenge Estruturas Metálicas;
Edificações e incorporação: JC Gontijo Engenharia;
Pavimentação e infraestrutura: Construtora Artec;
Consultor de paisagismos: Sergio Borges;
Responsável pelas operações do terminal rodoviário: Socicam;
Esquadrias: Santa Clara;
Telhas zipadas: Isoeste Construtivos Isotérmicos;
Projeto estrutural de concreto armado e fundações: Quattor Engenharia;
Fornecedora dos tubos de aço: V&M Valourec & Mannesman;
Sistema de climatização: Engenharia de Sistemas Térmicos;
Fundações: Funsolos;
Granitos: Gajugram;
Vidros: Vidromex;
Marcenaria: Nova Forma;
Painéis de alumínio: S9M9.
Projeto estrutural: Ferenge Estruturas Metálicas;
Edificações e incorporação: JC Gontijo Engenharia;
Pavimentação e infraestrutura: Construtora Artec;
Consultor de paisagismos: Sergio Borges;
Responsável pelas operações do terminal rodoviário: Socicam;
Esquadrias: Santa Clara;
Telhas zipadas: Isoeste Construtivos Isotérmicos;
Projeto estrutural de concreto armado e fundações: Quattor Engenharia;
Fornecedora dos tubos de aço: V&M Valourec & Mannesman;
Sistema de climatização: Engenharia de Sistemas Térmicos;
Fundações: Funsolos;
Granitos: Gajugram;
Vidros: Vidromex;
Marcenaria: Nova Forma;
Painéis de alumínio: S9M9.
IMAGENS
REFERÊNCIAS
|
http://www.cbca-acobrasil.org.br/noticias-ler.php?cod=3448&orig=obras&codOrig=90494
(visualizado em 29 de maio de 2014)
http://www.socicam.com.br/terminais/terminais_rodoviarios.php?ID=359
(visualizado em 30 de maio de 2014)
Estrutura Tensionada ou
Tenda
ESTÁDIO OLÍMPICO DE MUNIQUE, BAVIERA, ALEMANHA
O
Estádio Olímpico de Munique foi projetado pelos arquitetos Frei Otto e Gunther
Behnisch para os Jogos Olímpicos em Munique de 1972, contendo uma estrutura
tensionada suspensa sobre o terreno, ramificando-se em três partes: natatório,
ginásio e estádio principal.
A
superfície tensionada contínua que une todos os edifícios possui um
sistema estrutural hierárquico que cria uma série de volumes pelo terreno.
A
membrana das coberturas é suspensa a partir de uma sequência de mastros,
permitindo que as curvas da superfície flutuem de forma dinâmica pela área,
variando a forma, a escala e as características de cada seção.
As
grandes coberturas são estabilizadas lateralmente por uma rede de cabos menores
que estão conectados a um cabo de aço maior em toda a extensão com bases de
concreto em cada extremidade.
Os componentes
estruturais trabalham juntos criando dinâmicas superfícies originadas por
diversas conexões tensionadas, resultando numa malha ondulada por toda a área
do terreno.
O
estádio principal foi construído numa cratera resultante de bombardeios durante
a Segunda Guerra Mundial. A membrana que o protege se comprime à medida que
desaparece ao seu redor. A mudança das escalas na cobertura causa a percepção
da paisagem artificial flutuante que se forma acima do solo e dos grandes vãos.
Os
painéis de acrílico que revestem a membrana tensionada proporcionam uma iluminação
que se relaciona com o contexto do ambiente interno e externo.
Este
sistema estrutural apesar de complexo e inovador foi feito com grande precisão
e possui uma montagem simples, que segue exclusivamente a premissa da tensão.
FICHA
TÉCNICA
Arquitetos:
Frei Otto e Gunther Behnisch
Ano: 1972
Tipo
de projeto: Esportivo
Status:
Construído
Materialidade: Metal
e Tecido
Estrutura: Aço
Localização: Munique,
Alemanha
Implantação
no terreno: Isolado
Projeto/Construção: 1968-1972
IMAGENS
REFERÊNCIA
http://www.archdaily.com.br/br/01-34759/estadio-olimpico-de-munique-frei-otto-e-gunther-behnisch
(visualizado em 31 de maio de 2014)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A1dio_Ol%C3%ADmpico_de_Munique
(visualizado em 31 de maio de 2014)
http://www.lmc.ep.usp.br/people/hlinde/estruturas/munique.htm
(visualizado em 31 de maio de 2014)
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